Amor não Fingido!

Por Waldemar Janzen
“Já que tendes purificado as vossas almas na obediência à verdade, que leva ao amor fraternal não fingido, de coração amai-vos ardentemente uns aos outros,” 1.Pedro 1,22 Certo pastor de uma igreja começou a repetir um mesmo sermão, Domingo após Domingo. Indagado sobre o porque, respondeu: Ainda não mudou nada em relação ao que apresentei no sermão. Também já escrevi sobre o teor deste artigo anteriormente em Irmãos em Ação, apesar de agora com título diferente, quem sabe, é oportuno escrever mais uma vez. Ro. 8: 27a “E aquele que esquadrinha os corações sabe qual é a intenção do Espírito. E é somente ele. Creio que é por não termos nos dado conta do problema é que não tentamos nos esforçar para combate-lo em nossas vidas. Tente se libertar uma vez de todos os pré-conceitos e pensamentos e considerações subjetivas sobre os outros, mantendo apenas os fatos conhecidos e verificáveis através dos nossos cinco sentidos. Quanto sobrou? A nossa passagem bíblica, na introdução, nos exorta a termos um amor sem fingimentos. Alguém pede perdão por algum deslize mas pede para que se acredite na sua boa intenção, etc. Ora, como eu posso saber? Todos nós ainda vivemos na carne e, sendo bem honestos conosco mesmo, do fundo do nosso coração, notamos que, mesmo que as boas intenções possam prevalecer, há contaminação com pensamentos pecaminosos/maldosos. A absoluta sinceridade pertence unicamente à Deus. Muito bem, você me responde, então daqui para frente você sugere para incluir um fator de segurança de grau de sinceridade quando alguém afirma ou faz alguma coisa! Longe disto. Isto será julgado no tribunal de Cristo. I.Cor. 3: 11-15 Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo. E, se alguém sobre este fundamento levanta um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, a obra de cada um se manifestará; pois aquele dia a demonstrará, porque será revelada no fogo, e o fogo provará qual seja a obra de cada um. Se permanecer a obra que alguém sobre ele edificou, esse receberá galardão. Se a obra de alguém se queimar, sofrerá ele prejuízo; mas o tal será salvo todavia como que pelo fogo. Isto foi escrito em relação ao que consta no vers. 3 “porquanto ainda sois carnais; pois, havendo entre vós inveja e contendas, não sois porventura carnais, e não estais andando segundo os homens?” Não se trata tanto das obras aos outros e sim do estado do coração, a motivação carnal. Orgulho, inveja, etc. O que se fez pelos outros até foi correto apenas a motivação estava errada. Jo. 7: 24 Não julgueis pela aparência mas julgai segundo o reto juízo. A sinceridade é subjetiva e sua avaliação pode ser contraditória para observadores diferentes. A sinceridade ou a falta dela não deve fazer parte do nosso julgamento!!!! Não deve, nem sequer, entrar no mérito. I.Cor. 13: 4 O amor... ..., não suspeita mal; I. Sam. 16:7b porque o Senhor não vê como vê o homem, pois o homem olha para o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração. O coração tem uma cadeado cuja chave está unicamente na mão de Deus. Adjetivar os outros requer um ato comprovadamente cometido ou admitido pelo próprio, caso contrário é invasão da esfera de competência exclusiva de Deus, e Deus, conhecidamente, não divide a honra com ninguém. As gravíssimas consequências aqui são que se toma decisões e atitudes sobre as alegações e se comete injustiças tremendas contra as vítimas. Neste caso a vítima é transformada em agressor. Não vamos ser levianos nesta área!! Pela minha observação este caso é muito mais frequente do que o julgamento correto. O dominante quase sempre vence, independente da verdade dos fatos. A maioria segue de boa fé e os poucos que ainda tem dúvidas se calam em favor da paz. Eu também já cometi este pecado. Me arrependi e pedi perdão à pessoa afetada. Basta você esticar um pouco a atena em sua igreja e você se convence. Tem muitos casos abafados e poucos resolvidos. A nossa missão não é fechar bocas e sim apascentar. Apascentar não significa calar as pessoa mas ouvir as partes, orientar e expor biblicamente os fatos e exortar os envolvidos a sugerir o modelo bíblico. Sem reconhecimento da culpa o pedido do perdão se torna uma hipocrisia. Com estes Jesus não mantinha sua amizade. A meu ver é o foco de geração de maior número de tensões nas igrejas atuais e o maior número de pecados cometidos entre aqueles que mantém que foram comprados pelo sangue do cordeiro. Neste ambiente não prospera amor sem fingimento, e amor ardente é mais raro do que diamante. Tenta-se obedecer à ordem bíblica de amar mas a base está em ruínas. O amor é fingido e frustrante. Amor é tentar compreender compartilhar com o outro, para isto se precisa dialogar, coisa cara nos dias corridos de hoje. Se existe reserva de domínio ou área de exclusão de assuntos no compartilhamento não há como se manter que existe amor. Nós devemos ser um livro aberto. Nós devemos morrer e Cristo tomar lugar em nossas vidas. Então os ataques injustos nos ferem menos, pelo contrário, nos deveriam alegrar sobremaneira (Mat. 5:10-12), apesar de o amor não folgar com a injustiça.

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