Espírito
Alma
Corpo
Tempo
Passado
Presente
Futuro
Em relação ao pecado
Penalidade (Jo.5:24)
Poder (Rm.6:14)
Presença (ICo.15:54,57)
Em relação ao pecador
Justificação Regeneração (Rm.1:4; Ipe.1:2; Rm.5:16; IITs.2:13)
Santificação (Tg.1:21,22; IITm.3:15)
Redenção (Fp.3:21)
Ocasião
Morte e ressurreição de Cristo
Do novo nascimento até o encontro com Cristo (Fp.1:6)
Arrebatamento ou 2ª Vinda de Cristo (ICo.15:52,53)
15. Perseverança: É a contínua operação do Espirito Santo no crente, pela qual a obra da graça divina, inciada no coração, tem prosseguimento e se completa, levando os salvos à permanecerem em Cristo e perseverarem firmes na fé. A perseverança representa o lado humano (Jr.32:40; Sl.86:11; 37:28-31).
16. Segurança: É a garantia eterna e imutável da salvação, iniciada e completada por Deus, no coração dos regenerados. A segurança representa o lado divino (Sl.89:28-37).
17. Redenção: É o ato gracioso de Deus pelo qual Ele liberta o pecador da escravidão da lei do pecado e da morte (Rm.8:1,2), mediante o pagamento de um resgate (Rm.6:20-22; Ico.6:19,20; IPe.1:18,19; Ap.1:5; 5:9; Gl.4:1-7).
(a) A Necessidade da Redenção: Todas as criaturas humanas da terra pertencem a Deus (ICo.10:26; Sl.50:12) mas não são todas de Cristo (Rm.8:9). O homem só se torna propriedade exclusiva de Cristo mediante a obra da redenção (ICo.6:19,20; Hb.2:13-15). O mundo (sistema) é de Satanás (Lc.4:6; Ijo.5:19) e as criaturas humanas que estão no mundo pertencem à ele (At.26:18; Mt.12:30; Mc.9:40; Lc.11:23), por isso era necessária a redenção, para que através de Cristo Deus resgatasse (comprasse) do mundo os que viriam a crer nele, para que através da redenção passassem a pertencer a Cristo (Jo.15:19; 17:14; 18:36; Cl.1:13). Se um homem ainda não foi redimido, embora sendo criatura de Deus, continua sendo filho do Diabo, do qual é ele escravo (Jo.8:44). Somente os filhos de Deus são verdadeiramente livres (Gl.2:4; 5:1; Rm.8:21; IICo.3:17).
(b) A Natureza do Redentor:
Deveria ser parente próximo da vítima: Era ele, o redentor (goel no hebraico) quem deveria resgatar o sangue da vítima assassinada (Nm.35:19-34; Js.20:3-5); era ele quem deveria resgatar a possessão da família que fora vendida (Lv.25:24,26,51,52; Lv.27:13,15,19,20,31; Jr.32:7); era ele quem deveria resgatar a pessoa cujo empobrecimento forçou-a a se vender a um não judeu (Lv.25:47-49). Em Ezequiel 11:15 a expressão "os homens do teu parentesco" significa "os homens da tua redenção".
O Redentor deveria preencher certos requisitos: (1) deveria ter parentesco do escravo a ser resgatado (Rt.2:20; 3:9,12; 4:1,3,6,14); (2) deveria ter meios com que pagar o resgate (Rt.4:6; Sl.49:7-9); (3) deveria querer efetuar o resgate (Rt.4:4; Rt.3:13; Rm.5:7); (4) deveria ser livre e não podia ser um escravo, um escravo não podia resgatar outro escravo.
(c) Cristo é o Nosso Redentor: (1) Ele se fez nosso parente próximo (Hb.2:14,15; Fp.2:7); (2) Ele pagou com seu sangue (At.20:28; IPe.1:18; ICo.6:20); (3) Ele nos resgatou voluntariamente (Jo.10:17,18); (4) Ele não tinha pecado (Hb.5:15; IICo.5:21).
18. Reconciliação: É a operação graciosa de Deus pela qual Ele reconcilia os pecadores consigo mesmo, por meio da morte de Jesus Cristo, removendo a inimizade (IICo.5:18-21; Cl.1:20-22). O termo usado no antigo Testamento para reconciliação é expiação.
Os dois aspectos da reconciliação são:
(a) Expiação: A reconciliação (no grego = katallagê) tem seu aspecto negativo na expiação, que enfatiza a morte de Cristo para o perdão dos pecados em relação ao homem. (A justificação possui aspectos semelhantes a reconciliação: É negativa e positivamente considerada: (a) Perdão e (b) Adoção). A expiação é a remoção da causa da inimizade do homem (Rm.5:10). Na expiação a fraqueza, a impiedade e o pecado (mencionados em Rm.5:6-8), fatores causadores da inimizade são removidos. Portanto expiação é o cancelamento da fraqueza (Rm.5:6), da impiedade (Rm.5:6) e especialmente do pecado (Rm.5:8; Ijo.1:29; At.3:19). Na expiação a ação se dirige para aquilo que provocou o rompimento no relacionamento, e se ocupa com a anulação do ato ofensivo.
(b) Propiciação: É a reconciliação em seu aspecto positivo, e por isso vai além da expiação, pois enfatiza a morte de Cristo em relação a Deus. Na propiciação a ação se dirige para Deus, a pessoa ofendida. O propósito da propiciação é alterar a atitude de Deus, da ira para a boa vontade e favor. Na propiciação é a ira que é removida (Rm.5:9,10) e a amizade de Deus é restaurada. Não é o caso de Deus mudar, mas sim de que sua ira é desviada (Sl.78:38; 79:8; Em Ex.32:14 o termo arrepender é wayyinnahem, no hebraico, e hilaskomai, no grego, que significa "ser propício". É também usado em Lm.3:42; Dn.9:19; IIRs.24:4. É claro que se trata de linguagem poética, pois há passagens em que se diz que Deus se arrependeu de fazer o bem, como em Jr.18:10, como se o bem fosse causa para arrependimento). Na expiação Cristo ofereceu-se pelos os homens, na propiciação Ele ofereceu-se à Deus (Hb.9:13,14; IPe.3:18). A expiação extingue o pecado (a inimizade contra Deus), a propiciação extingue a penalidade do pecado (a ira de Deus) que é desviado para a cruz de Cristo (Rm.3;25; Rm.1:18,24,26).
19.Renovação: É a operação graciosa de Deus que inclui todos aqueles processos de forças espirituais subsequentes ao novo nascimento e decorrentes dele (Sl.51:10;103:5; Is.40:31;41:1; Cl.3:10).
20. Glorificação ou Ressurreição:É a operação divina pela qual o crente regenerado há de ressuscitar corporalmente, tendo seu corpo abatido, transformado à semelhança do corpo glorioso do Senhor Jesus (Fp.3:21; ITs.4:13-17; IJo.3:2).
Conclusão: não foram apresentados todos os aspectos envolvidos em cada um dos 20 itens aqui descritos. O assunto é vasto e interminável, na teologia sistemática, principalmente na soteriologia, por isso apresentei um resumo do que considerei mais importante sobre o assunto. Outros aspectos poderão ser encontrados por um pesquisador dedicado. Espero que a síntese deste estudo possa derimir suas dúvidas.
Sérgio Ricardo
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