O CONVITE DE JESUS - O PÃO DO CÉU

Leitura: Mateus 6.11 e João 6.25-40
Então Jesus declarou: “Eu sou o pão da vida. Aquele que vem a mim nunca terá fome; aquele que crê em mim nunca terá sede”. (Jo 6.35)
O alimento certamente é uma das necessidades básicas de todo ser humano. Tanto é que as multidões ficaram com fome enquanto Jesus as ensinava junto ao mar da Galiléia. Depois de havê-los ensinado, sabendo de suas necessidades, Jesus opera o milagre da multiplicação dos pães. E no dia seguinte ele declara, acerca de si próprio, que é o pão da vida. Da mesma forma como o alimento, e até mais do que ele, Jesus é uma necessidade básica em nossa vida. Por isto Paulo insiste que o Reino de Deus não é comida e bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo (Rm 14.17s) que nos são concedidos pela fé em Jesus. Até a ciência percebe que necessitamos mais do que comida. Uma de nossas necessidades psicológicas é a do conhecimento da verdade. Há pessoas que procuram a verdade em muitos lugares onde jamais será encontrada – em filosofias, religiões, em ideologias das mais diversas, na Nova Era, em seitas heréticas – e jamais serão satisfeitas. Nunca encontrarão o que buscam, pois só na pessoa de Jesus encontraremos a verdade. Sendo assim, todos nós precisamos de Jesus. E o versículo nos diz que aquele que vem a ele nunca mais terá fome. Deus é aquele que sacia nossa fome pela verdade. Nunca mais precisamos procurar por alimento, pois Ele é a fonte inesgotável! Convida-nos a provar dele mesmo todos os dias. E Ele não apenas nos convida, mas também se dá por nós, a fim de nos fazer plenamente satisfeitos.Oração: Obrigado, Senhor, porque és o Pão da Vida que nos sacia e alimenta todos os dias.
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2 de setembro
O CONVITE À SIMPLICIDADELeitura: Mateus 6.11“Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia”.É fato que muitos de nós damos pouco valor a este versículo da oração que nos foi ensinada por Jesus. O nosso inconsciente nos faz pensar que já temos o suficiente; afinal, o pão é algo relativamente fácil de se conseguir. Há também o outro extremo, que é a falta de contentamento com as necessidades básicas que são supridas dia a dia. Então o pão já não basta. A busca pelo queijo, presunto, sucrilhos, bolo e uma infinidade de coisas a mais que queremos desfrutar canaliza todo o nosso tempo e esforço, de forma que não temos mais nada a oferecer, nem para Deus e muito menos para os outros.Richard Foster, em seu livro Celebração da Disciplina, afirma: “Devemos entender com clareza que o ardente desejo de abundância na sociedade contemporânea é de natureza psicótica (doentia). Ansiamos possuir coisas de que não desfrutamos. Compramos coisas que realmente não desejamos para impressionar pessoas das quais não gostamos.” É de fato incrível a quantidade de tempo e de trabalho que é gasto para termos estas coisas que com o passar do tempo lotam o sótão de nossas casas! Não servem para absolutamente nada, a não ser para suprir nossas necessidades egocêntricas no prazer de apenas possuí-las. Em nosso egoísmo não paramos nunca de fomentar desejos, absorvendo avidamente as novidades que a publicidade despeja, dia a dia, diante dos nossos olhos. Quero convidar você a fazer esta oração, pedindo o pão de hoje, com coração sincero e disposição para mudar de atitude e desfazer-se das coisas que vão se acumulando pelos cantos de sua casa, resgatando a disciplina da simplicidade em sua vida cristã.Oração: Dá-me um coração alegre e que se satisfaz com as coisas simples.
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3 de setembro
O CONVITE DA MESA POSTALeitura: Mateus 6.11 e Apocalipse 3.20Preparas um banquete para mim à vista dos meus inimigos. (Sl 23.5)Eu penso que uma das coisas mais prazerosas de se fazer na vida é comer. E devo confessar que gosto muito de fazê-lo. Naturalmente, os exageros precisam ser evitados, até mesmo por questões de saúde.Tomar uma refeição juntos sugere segurança, aconchego e intimidade. Davi, embora cercado por inimigos, podia festejar em segurança. Quando o marido ranzinza de Abigail se negou a ajudar Davi, ela mesma se apressou em levar-lhe um banquete: 200 pães, 2 vasilhas de couro cheias de vinho, 5 ovelhas preparadas, uns 50 litros de grãos torrados, 100 bolos de uvas passas e 200 bolos de figos prensados (1Sm 25.18). Davi provoua proteção e o poder de Deus. Mesmo em meio à guerra, era possível achar um lugar seguro, não apenas para alimentar-se, mas também para desfrutar da presença do próprio Deus.E é exatamente este o convite de João em Apocalipse 3.20, onde a comida não é o mais importante, mas sim Aquele que nos convida e chama para nos assentarmos à mesa. Este é um convite diário, que tantas vezes é simplesmente ignorado. Li uma frase de pára-choque de caminhão que dizia: “Ninguém se alimenta apenas olhando para o prato”. Isto se aplica com propriedade também na vida cristã. Queremos crescer e desenvolver a nossa fé, mas estamos tão envolvidos com outras coisas! Passamos o dia inteiro esbarrando na mesa que está posta, preparada por Jesus, e dizemos que não temos tempo. O convite de hoje é para que você se assente, coma do pão oferecido por ele mesmo e experimente uma relação de entrega e intimidade.Oração: Senhor Jesus, quero sentar-me à tua mesa e experimentar da segurança e intimidade que só Tu podes dar. Amém.
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4 de setembro
O CONVITE À PROVISÃO DE DEUSLeitura: Mateus 6.11 e Salmo 127Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão que penosamente granjeastes; aos seus amados ele o dá enquanto dormem. (Sl 127.2, ARA) Certamente a interpretação do “pão nosso de cada dia” refere-se ao suprimento de nossas necessidades básicas. Não apenas do alimento, mas também das demais coisas que precisamos para viver, por mais simples que seja nossa condição de vida. Inclui-se aí moradia, vestuário, educação e saúde.Salomão não nos ensina, no Salmo 127, que não devemos fazer nada. Nem a cruzar os braços e esperar que as coisas caiam do céu. Muito menos pretende levar-nos a ser fatalistas. A questão na qual ele insiste é que por mais que nos esforcemos, ou por melhor que consigamos fazer, nada valerá sem a participação de Deus. O salmista nos mostra que devemos corrigir o foco. Nosso esforço por si só resulta em fracasso.Jesus nos convida a depositarmos nele toda a nossa ansiedade porque ele tem cuidado de nós. E é exatamente isso que Salomão destaca neste salmo. Precisamos lidar com as nossas ansiedades à luz dos cuidados constantes de Deus. Deus não é contra o esforço humano. Trabalhar duro também glorifica a Deus. Mas trabalhar em detrimento do descanso ou negligenciando a família pode ser um reflexo da nossa incapacidade de confiar que Deus supre nossas necessidades. Todos nós precisamos de tempo para descanso e refrigério espiritual. Por outro lado, este versículo não é uma desculpa para sermos preguiçosos. Aliás, o mandamento que nos exorta a santificar o dia de descanso (Êx 20.8ss) aponta na mesma direção! Portanto, seja cuidadoso para manter o equilíbrio. Trabalhe enquanto confia em Deus e também descanse enquanto confia nele.Oração: Obrigado, Senhor, porque és o Deus da provisão.
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5 de setembro
PRECISO AMAR A DEUS NO PRÓXIMOLeitura: Mateus 6.12“Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores.” “Devemos andar sem fechar ou mesmo estreitar as ruas pelas quais passamos.” Esta frase foi dita por um sábio pastor da Assembléia de Deus no sertão da Paraíba a uma de suas ovelhas que estava com problemas financeiros e de relacionamentos com várias pessoas. Devia em muitos estabelecimentos comerciais e tinha um temperamento um tanto agressivo. O pastor advertiu: “Se você continuar dessa forma, só poderá sair de helicóptero da cidade. Devemos semear compreensão, fidelidade e honrar nossos compromissos”. Na proposta de pedir perdão a Deus que o Mestre nos faz na oração do Pai-Nosso há uma promessa e uma condição. Ele nos sugere um modelo de oração confiante e comprometida. Confiante porque nos anima a pedir a Deus: perdoa as nossas dívidas. Comprometida porque vincula este pedido com a tarefa que a dádiva do perdão divino implica: assim como nós perdoamos os nossos devedores... Na mesma proporção, na mesma intensidade. Quero o perdão, preciso perdoar. Para fazê- lo preciso amar a Deus e ao próximo, ao meu inimigo, como a mim mesmo. Aquela pessoa de quem falei no início estava passando por apuros. Era isolada do convívio, porque não conseguia se relacionar com as pessoas, pois tinha dificuldade de perdoar. E, para agravar tudo, não cumpria os seus compromissos financeiros. Ela não amava a Deus no próximo.Que aprendamos com o Senhor a amar e respeitar o outro como a nós mesmos e a enxergar todas as pessoas como imagem e semelhança de Deus.
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6 de setembro
DEVEMOS PERDOAR. ELE NOS PERDOOU!Leitura: Mateus 18.23-35“Por isso, o Reino dos céus é como um rei que desejava acertar contas com seus servos.” (v. 23)
O homem rico perdoou a dívida daquele que chegou se humilhando. Ele devia uma verdadeira fortuna, o equivalente a 350 toneladas de prata ou de ouro! Mas o rei lhe perdoou tudo. Só que, quando o rei soube que aquele a quem perdoara não perdoou ao seu conservo uma dívida insignificante, irou-se e o colocou no cárcere até que ele pagasse o último centavo! Como poderemos pedir ao pai que perdoe a imensidão dos nossos pecados, se não perdoamos as pequenas falhas de nosso próximo? (Mc 11.25s) Devemos perdoar, sim, pois o Senhor já nos perdoou. A nossa dívida era alta demais e Ele perdoou, melhor que isso: pagou pelos nossos pecados, entregando seu próprio Filho por nós. Por isto devemos perdoar, e isso é um ato que vem do coração; mas, ao mesmo tempo, não é um ato puramente emocional, é um ato da fé que submete a nossa vontade à de Deus. Então desejaremos viver bem, relacionar-nos de forma cristã e agradar ao Mestre. Não seremos dominados pelas emoções porque estas, muitas vezes, contrariam a Palavra. Os nossos sentimentos são limitados e podem ser dominados pelo egoísmo, pela mágoa, falta de misericórdia ou compreensão.Perdoar é um ato de compaixão que, independentemente de sentirmos vontade, temos de colocar em prática por obediência a Deus. Ele é digno de toda submissão e sabe o que manda. Ele dá o exemplo, supre-nos com a força do seu Espírito Santo para fazê-lo e nos conclama a ser seus imitadores. Que possamos entender a importância de perdoar para que tenhamos condição de influenciar aqueles que nos cercam com o bom perfume de Cristo.
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7 de setembro
O PERDOAR É TERAPÊUTICOLeitura: Mateus 18.23-35“O senhor daquele servo teve compaixão dele, cancelou a divida e o deixou ir.” (v. 27)A conseqüência imediata da ausência de perdão é a falta de comunhão plena com o Pai. Só este fato em si já seria mais que suficiente para valorizarmos o perdoar. Sem comunhão haverá uma vulnerabilidade gravíssima em nossa estrutura de alma.Quantos não estão literalmente doentes por causa de mágoas profundas, ódio entranhado, revoltas enraizadas que estão destruindo pouco a pouco a saúde física e emocional! Quantas são as pessoas amarguradas, amargas, frustradas, tudo em decorrência da falta de perdão! Para entender estas conseqüências nefastas é importante lembrar que não perdoar é pecado. Enquanto o mantivermos escondido, o pecado definha o nosso corpo e esgota as nossas forças (Sl 32.3s).Uma irmã, já com mais de 60 anos, sofria de uma enfermidade nas mãos e nos pés já há vários anos. Ela me pediu oração contra aquele mal. Deus me fez discernir que aquela doença era em decorrência da falta de perdão. Eu lhe disse que precisava perdoar alguém. A irmã, então, admitiu que tinha um ódio profundo em seu coração contra alguém. Chegando em casa ela orou pedindo perdão a Deus pelo sentimento e liberou o perdão para a pessoa. Poucos dias depois, não tinha mais nenhum sintoma da enfermidade. Perdoar é também ser liberto de sentimentos que adoecem a alma e podem atingir o corpo. Como poderemos ter comunhão com Deus, se não O imitamos na prática do perdão? Oração: Senhor, nos ajuda a valorizar a importância do perdão, a fim de que sejamos fiéis a ti e saudáveis na alma e no corpo.
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8 de setembro
O CAMINHO VITORIOSO DA CONFISSÃOLeitura: Mateus 18.23-35“Como não tinha condições de pagar, o senhor ordenou que ele, sua mulher, seus filhos e tudo que ele possuía fossem vendidos para pagar a dívida. O servo prostrou-se diante dele e lhe implorou: ‘Tem paciência comigo, e eu te pagarei tudo’.” (v. 25s)Pedir perdão, admitir que está errado, isso pode ser terrível. Não é tão difícil admitir uma falta para si mesmo, no íntimo, a sós. Agora, assumir publicamente é complicado. Por exemplo, admitir não ter condições de pagar uma dívida. Da mesma forma, a consciência da impossibilidade de sanar as dívidas contra o próximo ou contra Deus é dolorosa.Pedir perdão é admitir que não se pode pagar, é humilhar-se. O servo da parábola tinha, como já vimos, uma dívida imensurável em dinheiro. Ele não tinha condições de resgatá-la. As conseqüências disto eram terríveis. Ao perceber isso, ele balbuciou uma promessa ridícula de que iria pagar. Não dá para imaginar uma cena mais humilhante! O rei tem compaixão e lhe perdoa gratuitamente, sem lhe cobrar nada, absolutamente nada!Independentemente do fato deste servo, depois, não ter correspondido a esta generosidade, o que ele experimentou diante do rei é o perdão maravilhoso que Deus concede a todo aquele que lhe pede! O único caminho de recebê-lo é pela confissão, pela admissão de nossa insolvência! Por isto a confissão de pecados é elementar na oração dos discípulos! Quando a dívida existe em decorrência de traição ou agressão, seja moral ou física contra outrem, qual o valor do reparo? Como se paga? Existe um preço? Não há nada material que o possa pagar. A saída é pedir perdão.Oração: Jesus, ajuda-nos a buscar em ti forças para o caminho da confissão!
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9 de setembro
PERDÃO NO CASAMENTOLeitura: Efésios 5.22-25Maridos, ame cada um a sua mulher, assim como Cristo amou a igreja e entregou-se por ela. (v. 25)Se existe uma relação na qual o perdão é fundamental e imprescindível para o bom andamento, é no casamento. Aqui no Nordeste temos um adágio popular que diz assim: “Só conhecemos alguém quando comemos um quilo de sal com ele”. No casamento, ao longo dos anos, “comemos vários quilos de sal”, ou seja, estamos muito próximos, não há possibilidade de máscaras, maquiagens... Martinho Lutero afirmou: "Quem me conhece verdadeiramente é a minha esposa". Na nossa vida a dois, as debilidades e inconstâncias humanas ficam inevitavelmente explícitas. Sem perdão não há casamento. Por isto a expressão “me perdoe” é fundamental. Do contrário a relação fracassará, ou se tornará uma farsa. Paulo propõe um modelo de relacionamento perfeito, onde cada um deve buscar o papel que lhe cabe: Maridos, ame cada um a sua mulher, assim como Cristo amou a igreja e entregou-se por ela. Quem ignorar isso está em dívida e precisa de perdão. O mesmo vale para esposa, a quem o apóstolo recomenda: Mulheres, sujeite-se cada uma ao seu marido, como ao Senhor. Onde faltar esta entrega voluntária há dívida e o perdão se faz necessário. Deus quer uma relação de unidade, inteireza, reciprocidade. Fora disso, há dívida. Por isto a humildade de reconhecê-la é fundamental para o respeito mútuo permanecer. Assim o pedir e o conceder perdão renovam o amor e a fidelidade na mutualidade que é o casamento. Que a chave chamada perdão que vem de Deus possa reinar nos casamentos, levando a relacionamentos saudáveis, em nome de Jesus.
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10 de setembro
JESUS E A ARTE DE PERDOAR
Leitura: João 21.15-19Novamente Jesus disse: “Simão, filho de João, você me ama?” Ele respondeu: “Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo”. Disse Jesus: “Pastoreie as minhas ovelhas”. (v. 16)“Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que fazem” (Lc 23.34). Eis o condenado intercedendo pelos seus algozes. Ele sofreu traições das mais diversas. Foi abandonado pelos discípulos no momento da prisão, inclusive por Pedro. Se o Mestre estivesse com qualquer tipo de ressentimento ou mágoa em relação a Pedro, não haveria restauração. Mas eis que ele repete três vezes: “Cuide dos meus cordeiros...” – Pedro estava sendo readmitido; “Pastoreie as minhas ovelhas” – Pedro recebia uma nova oportunidade; e “Cuide das minhas ovelhas” – “Pedro, finalmente você entendeu que sem mim não pode fazer nada!”. Jesus diz isto aomesmo Pedro que afirmara estar pronto para morrer pelo Mestre, se fosse preciso, e depois o negou três vezes, o traiu... Se Jesus não o tivesse perdoado, Pedro não teria sido um fiel e destacado discípulo depois de Pentecostes. No exemplo de Jesus com seu discípulo podemos conferir que liberar perdão é terapêutico, restaurador. Se não aceitarmos perdão, se não pedirmos perdão ou não perdoarmos não seremos transformados nem teremos qualquer influência. Isto gera um isolamento que traz esterilidade e morte. Jesus é a fonte e foi o exemplo da belíssima arte de perdoar. Somente ele pode proporcionar-nos novos recomeços!Oração: Pai, ajuda-nos a compreender cada vez mais que na caminhada precisamos aprender a aceitar perdão, a pedir perdão e a perdoar como um ato de fé. Ajuda-nos a tomar a decisão, compreendendo que somos devedores chamados a perdoar na mesma medida em que somos perdoados.
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11 de setembro
PERDOA AS NOSSAS DÍVIDASLeitura: Mateus 6.12“Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores.” (v. 12)O ataque das torres de Nova Iorque, há quatro anos, trouxe à tona uma corrente ódio. Cada novo elo desta corrente vinga a anterior com novos requintes de crueldade. Só a oração de Jesus nada solitariamente contra esta maré! E ele nos convida a nadar contra ela também. Como? Entrando na sua escola de oração! “Senhor, perdoa minhas ofensas”. Quantas vezes tenho de pedir “Senhor, perdoa”? Perdoa as minhas falhas, os meus pecados cometidos por pensamentos, palavras e atos. Perdoa, senão eu morro, eu fujo de ti! Sem teu perdão eu fracasso, não suportarei a tua presença nem terei força para procurar-te. Sem o teu perdão, não tenho comunhão contigo, teu Espírito não me influenciará.Gostaria tanto que ele me dominasse por completo! Perdoa-me! Como eu penso em mim, Senhor, no meu bem-estar, na vantagem que vou conseguir por servir-te! Eu preciso do teu perdão, pois penso mais em mim, mais em ser servido que servir, em ser senhor do que ser servo. Lembro-me do apóstolo Paulo quando ele afirma: “Não entendo o que faço. Pois não faço o que desejo, mas o que odeio. E, se faço o que não desejo, admito, a lei é boa.... Sei que nada de bom habita em mim, isto é, em minha carne” (Rm 7.15ss). Preciso do teu perdão!Admito: se dependesse de mim, a minha caminhada contigo, eu já teria desistido de mim. Graças a Deus que não sou eu quem julgo, condeno ou absolvo. Se o Senhor não desiste de mim, quem sou eu para desistir dele! Repito: quantas vezes o Senhor pode perdoar?
Oração: Obrigado por teu perdão sobre mim hoje! Desejo ser fiel a ti até a morte, nadando contra a maré do ódio.
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12 de setembro
NÃO NOS DEIXES CAIR EM TENTAÇÃO Leitura: Mateus 6.9-13“E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal.” (v. 13)Quanto mais caminhamos na fé cristã, mais ficamos sem palavras e acabamos indo buscá-las no Pai-Nosso. Não é em vão, portanto, que esta oração modelo faz parte da ordem do culto dominical. Já abordamos duas de suas dimensões. Nas primeiras preces aprendemos a pedir pelo horizonte de Deus. Nas últimas semanas apresentamos a Ele as necessidades à nossa volta, “o pão nosso” e “a nossa dívida”. Agora enfocaremos a realidade da tentação, para depois abordarmos a petição “livra-nos do mal”. Aprenderemos a orar diante das ameaças das profundezas. É significativo que uma oração tão enxuta gaste tanto tempo com a “luta contra o mal”. Não seria isto uma parábola da nossa vida? Façamos as contas. Quanto de nosso tempo é gasto praticando o mal, tentando livrar-nos do mal, sofrendo e convivendo com as conseqüências do mal? Esse mal está dentro e fora de nós e nos assusta com a sua própria realidade. A tentação visita a ante-sala do mal e, por ser tão real, cotidiana e intensa, precisa ser transformada em oração. Façamos uma pausa para pensar nas tentações em nossa vida. Não para colocá-las sob uma lente de aumento, mas para tomar consciência das nossas áreas mais vulneráveis e que precisamos transformar em cuidadoso assunto de oração. Uma vez um amigo, num comentário bem masculino, me disse: “Mulher não é um grande problema para mim; mas a política...” O poder era a sua grande tentação. Qual é a nossa grande tentação? A tentação não é para ser negada, mas para ser cercada com oração, com a Palavra de Deus e a busca do apoio protetor dos irmãos, na caminhada de fé.Pração: Ajuda-me, Senhor, a chamar a minha tentação pelo seu nome real, pedindo que me fortaleças na resistência.
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13 de setembro
A TENTAÇÃO É INEVITÁVELLeitura: 1 Coríntios 10.1-13 “Mas, quando forem tentados,...” (v. 13)Dizer que a tentação é inevitável parece algo difícil de pronunciar. Há, dentro de nós, uma voz que logo se alvoroça e protesta: “Isso não é possível! Deus permite uma coisa dessas?” Mas, ao invés de entrarmos numa conversa teórica, que tal ir para a nossa vida cotidiana e perguntar sem exageros: quem não vivenciou alguma tentação nesta semana? ...ontem?A tentação parece fazer parte da nossa vida, assim como a comida que comemos e a roupa que vestimos. Está impregnada na constituição daquilo que inegavelmente somos, pessoas que “caíram” e vivem caindo. A tentação e a queda são nossos velhos conhecidos. A tentação convida para a queda, e a vivência na queda multiplica a tentação.A afirmação da tentação é a negação da fundamental bondade humana. É a destruição do mito de que todos somos bons e de que alguns apenas não tiveram a possibilidade de sê-lo. A tentação é a afirmação da realidade do mal e essa radical tendência humana de praticá-lo. É assustadora essa nossa tendência e a capacidade que temos para a prática do mal, seja no nível pessoal, coletivo ou institucional.Não é disso que fala o texto indicado para hoje? Ele diz que estamos todos no barco da propensão para a queda. O apóstolo Paulo relembra a igreja de Corinto da fragilidade do povo de Israel em sua jornada pelo deserto. Com esta lembrança ele nos convida para o exercício mútuo da misericórdia e nos diz que somente Deus pode nos livrar da queda, quando nas garras da tentação. É por isso que carecemos orar: “Não nos deixes cair em tentação”.Oração: Propensos à queda, Senhor, pedimos que a tua mão nos livre de afundarmos e nos indique a direção a seguir.
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14 de setembro
A TENTAÇÃO TEM NOMELeitura: Gênesis 3.4-6Quando a mulher viu que a árvore parecia agradável ao paladar, era atraente aos olhos e, além disso, desejável para dela se obter discernimento... (v. 6)A tentação não é algo abstrato. Ela é concreta, e traz à tona questões que falam das nossas relações e dos nossos valores. Se a nossa postura em relação à tentação não fosse tão importante, o diabo não se preocuparia tanto com ela. O diabo pinta e borda, buscando provocar a ruptura com Deus, com o próximo e com nós mesmos. Uma vez montado o quadro da tentação, Eva parece não ver outra coisa. Aquilo que, pela descrição do inimigo, ela não tem, parece crescer diante dela, tornando-se irresistível. Sua boca começa a salivar, seus olhos brilham e o coração bate mais forte diante daquilo que ela passa a desejar de forma tão ardente. Se pudesse pôr a mão e usufruir o que Deus “injustamente” lhe proibiu, será uma pessoa feliz e completa. Será uma pessoa muito mais parecida com Deus... E a grande falsidade começa a emergir. Porque a tentação promete uma coisa que nunca teremos de fato. Diz-se que a maior tentação gira em torno do sexo, do dinheiro e do poder. Muito da nossa vida concentra-se nestas áreas, e as três prometem aquilo que nunca poderão nos dar. Deixam um gosto amargo de ressaca na boca. É a dor de barriga depois de comer demais. É o vazio da alma depois da relação sexual ilícita. É o desencanto com algo que custou muito, mas traz muito pouco retorno. É o poder que faz estufar o peito numdia para se perceber sem ele no dia seguinte. Cair na tentação é acordar desnudo, impotente e envergonhado, como aconteceu com Adão e Eva. Oração: Hoje eu preciso de um “tapa na cara”, Senhor. Aquele tapa que me faz acordar para a realidade!
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15 de setembro
QUAL É O NOME DA SUA TENTAÇÃO?Leitura: Gênesis 3.4-6. . . tomou do seu fruto, comeu-o e o deu a seu marido, que comeu também. (v. 6)A vida cristã tem um importante segredo: o seu significado consiste, não na posse, mas na entrega. Sua riqueza não se mede pelo que se tem, mas pelo que se dá. Sua profundidade se percebe, não pelo que se acumula, mas pelo esvaziar-se de si mesmo. Há um momento muito significativo na vida de Pedro. De fato, o episódio conhecido como “a pesca maravilhosa” poderia se intitular “o encontro maravilhoso”(Lc 5). Enquanto os barcos cheios de peixes descansam na praia, Pedro está ajoelhado aos pés de Jesus, confessando o seu pecado. Ou seja, quanto mais perto estamos de Jesus, tanto mais sabemos quem somos. Assim como a pecaminosidade deve ser confessada, a tentação deve ser identificada e repreendida. É uma ilusão, um engodo pensar que tentação é coisa de “fracos espirituais” e que os mais maduros na fé vivem acima dela. Ledo engano e grande arapuca! A tentação deve ser reconhecida, identificada e entregue aos pés de Cristo. Você sabe qual é a tentação que gosta de dançar ao seu redor? Para uns pode ser a gula; para outros, talvez o orgulho espiritual. Para certos homens, é “um rabo de saia”; já outros suam de prazer quando o poder lhes cai nas mãos. A lista poderia ser maior, mas o importante é identificar nossos pontos fracos, pois com eles o diabo se delicia em nos atrair. Não se trata de culpar Satanás pelas nossas tentações, mas de procurar conhecer-nos a fim de tomarmos consciência das nossas fraquezas, das áreas nas quais precisamos de ajuda e em relação às quais precisamos orar de forma mais intensa.Oração: Senhor, não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal!
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16 de setembro
CRISTO VENCEU A TENTAÇÃOLeitura: Hebreus 4.14-16 . . . mas sim alguém que, como nós, passou por todo tipo de tentação, porém, sem pecado. (v. 15)Se olharmos para a história de Adão e Eva e para a nossa história, o resultado é muito parecido, como vimos no texto de ontem: “tomou do seu fruto, comeu-o...” (Gn 3.6). No espelho da nossa vida, nos vemos lambuzados com as nossas próprias opções de vida míopes e desencontradas. Ora caímos na trampa do desejo, ora nos descobrimos encantados com o poder que aparentamos possuir. Mas, nas esquinas da vida, sempre que caminhamos com as nossas próprias forças, nos descobrimos nus e sós. Hoje somos convidados a ver que Jesus experimentou tudo isso: mesa farta, rabo de saia, o desejo de rechear a conta bancária, o anseio de fazer demonstrações de poder... A cobiça, a inveja e o desejo também lhe fizeram companhia, e podemos imaginá-lo desabafando com os discípulos no final de um dia tentador: “Mas hoje foi difícil resistir!” Essa é a grande diferença com Jesus: ele sempre resistiu. Ele sempre conseguiu dizer “não”. Ele sempre teve a determinação de virar as costas e sair da praça da tentação. Ele sempre conseguiu segurar as calças, fechar a boca, costurar o bolso, desviar os olhos e cuspir a saliva do desejo. Dele, e somente dele, pode-se dizer que correu esta corrida de estafeta sem derrubar nenhum obstáculo. Ele olhou a tentação nos olhos e disse NÃO. Ele foi sem pecado – para o Pai, por ele mesmo e por nós.Por sua resistência somos agraciados e pela sua vitória somos contemplados. Somente nele podemos vencer a tentação. Oração: Olhamos para ti, Jesus, e te agradecemos que, dizendo NÃO, nos abriste o caminho para o SIM do Pai para nós.
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17 de setembro
A TENTAÇÃO SE VENCE COM A PALAVRA
Leitura: Mateus 4.1-11
Jesus respondeu: “Está escrito...” (v. 4)Uma vez participei de um desses exercícios que verificam as prioridades na vida. Bastante parecidos, eles sempre nos levam a, perdidos numa ilha deserta, termos de escolher o que levar conosco. O número de itens vai diminuindo e as decisões vão ficando mais difíceis. Se eu fosse fazer um exercício desses hoje, não iria querer abrir mão de levar a Palavra de Deus comigo. Pois é esta palavra que sustenta e dá rumo nos momentos mais difíceis da vida. É esta palavra que traz à memória e ao coração o rumo da vida. Também a tentação somos convidados a enfrentar assim. Ela é inevitável, como vimos, e nos agarra de um jeito que a vida parece cheia de arapucas. A tentação de Jesus mostra isso de forma clara. Ele está sozinho e no fim das suas forças. Está cansado e vulnerável. É neste contexto que o diabo parece pegá- lo com jeito e com força. Oferece-lhe tudo o que parece impossível de se negar, e tudo o que Jesus tem é sua fragilidade. Aliás, quase tudo, pois é neste momento que Jesus faz uso, não daquilo que ele “pode”, mas daquilo que ele carrega no coração e na memória: a palavra do Pai. “Também Jesus foi despido, na tentação, de todas as suas forças; sim, ele ficou no abandono de Deus e dos homens... Só lhe resta a Palavra salvadora, confortadora e segura de Deus. Esta o sustenta, esta luta por ele, e por ele vence” (Dietrich Bonhoeffer). Esta é a palavra que nos acompanha no decorrer da vida. Jesus que o diga.É só observar como ele contesta com um “Está escrito”. Ele usa a Palavra para o cumprimento da sua missão e nos ensina a caminhar com e sob esta Palavra. Então o diabo foge, apressado. Oração: Ensina-me, Senhor, a nunca esquecer de dizer “Está escrito”.
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18 de setembro
ENTREGANDO-SE NAS MÃOS DE DEUSLeitura: Salmo 139.13-16, 23-24Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece as minhas inquietações. (v. 23)As reflexões desta semana confrontaram-nos com a realidade da tentação e a nossa ausência de forças e de recursos para vencê-la. Mas isto é só um lado da moeda, que mostra a nossa teimosia em sermos fortes e autônomos. No outro lado da moeda vemos que é no reconhecimento da nossa fraqueza e na entrega radical da nossa vida a Deus que reside a nossa força. O salmo de hoje nos diz que é melhor viver assim. Não apenas porque Deus nos conhece de forma tão intensa e profunda, mas também porque Ele nos conhece de uma forma muito bonita. O seu cuidado por nós é tão completo que ter a vida em suas mãos é a melhor coisa que poderia nos acontecer! Afinal, nem mesmo os grãos de areia seriam suficientes para contabilizar o amor de Deus por nós! E eu sei do que falo, pois escrevo isto na praia e já botei o pé na areia hoje; e não há número que possa dar conta de tantos grãos de areia! É bom saber que uma imagem tão absurda nos fala do cuidado de Deus para conosco. Um cuidado que é tão intenso que nos dá a liberdade de optar por Ele e de atirar-nos em seus braços, especialmente quando a tentação parece vir com tudo para o nosso lado.Quero terminar esta semana de meditação convidando-o a caminhar comigo para o final do salmo, dizendo juntos: “Sonda-me, ó Deus!”. Sabemos isso de cor? Então, se você está sozinho, sugiro que feche os olhos e diga isso uma vez mais, bem devagarinho. Se está ao redor da mesa com outras pessoas, dêem-se as mãos e olhem nos olhos uns dos outros enquanto dizem esta palavra em voz alta, uma vez mais, fazendo dela a nossa oração de hoje.
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19 de setembro
O REINO SOBERANO E ETERNOLeitura: Mateus 6.13 e Daniel 2.31-45...o Deus dos céus estabelecerá um reino que jamais será destruído... (v. 44)Poder orar o Pai-Nosso gera certeza e júbilo: ...porque teu é o Reino, o poder e a glória para sempre. E quem experimenta o privilégio da intimidade com o Pai Celeste diz: Amém. Que “reino” é esse? Quando interpretou o sonho de Nabucodonosor, o profeta Daniel já entendeu que viria a existir um autêntico Reino de Deus sobre a terra. Seiscentos anos antes de Cristo ele descreve uma sucessão de governos que dominariam sobre toda a terra, impérios que alcançariam os limites do mundo então conhecido. Nesta hora Daniel fala também que Deus estabeleceria um reino que jamais seria destruído e que nunca seria dominado por nenhum outro povo: o Reino de Deus, revelado em Jesus Cristo. Quando confessamos porque teu é o Reino, reconhecemos que o reino é verdadeiramente de Deus e que Ele tem o controle de todas as coisas. E, como indica o próprio nome Reino de Deus, é a esfera onde Deus exerce o seu poder.Nós sabemos que este Reino ainda não se manifestou por completo, por causa da paciência de Deus com a incredulidade e da resistência dos homens. Mas, independente da vontade dos homens, Deus está no comando. E o que nós podemos fazer, já agora, é aceitar que o seu Reino se estabeleça na nossa vida. Ou seja, deixar que Deus reine em nosso coração, nos nossos relacionamentos, no nosso dia-a-dia. Assim a certeza e alegria que este Reino produz em nossas vidas gera esperança que ilumina o mundo à nossa volta! Oração: Deus Pai, reconhecemos juntos neste dia que “teu é o Reino”. E pedimos que esse teu Reino se estabeleça nas nossas vidas. Por misericórdia!
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20 de setembro
O REINO REVELADO NA POBREZA Leitura: Mateus 6.13 e 13.44-46O Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, se fez pobre por amor de vocês... (2Co 8.9)Ontem vimos que Daniel já anunciou o Reino de Deus. A leitura bíblica de hoje nos apresenta o que Jesus disse a respeito deste Reino. Ele o comparou a um arrendatário que ara a terra e encontra um tesouro escondido no campo. Semelhantemente um negociante descobre uma pérola de grande valor. Em ambas as parábolas podemos observar que o Reino de Deus não se encontra exposto em praça pública. Helmut Thielicke diz que “é este sempre o maior escândalo: Deus faz muito pouca propaganda de si mesmo”.Deus veio a nós em forma de servo, revestido de pobreza, pelo caminho mais insignificante. Escolheu, num país sem importância, um lugar desconhecido para nascer. E nasceu de uma mulher pobre, na solidão e na simplicidade de uma estrebaria. Li uma palavra de Teódoto de Ancira, um líder cristão do segundo século da nossa era, que nos ajuda a entender porque Jesus veio a nós sem ostentação: “Se Jesus tivesse nascido em glória, rodeado de muitas riquezas, diriam, sem dúvida, os infiéis, que a transformação da terra fora obra do dinheiro. Se fosse em Roma, diriam que era pelo poder dos seus cidadãos”.O que Jesus fez? Escolheu tudo o que é pobre e vil, medíocre e obscuro, para que entendêssemos que Deus queria transformar o mundo e que somente Ele seria capaz de fazê-lo. Para tanto, fez-se pobre por amor a nós aquele que é rico, como diz o apóstolo Paulo. Que palavra bonita e reconfortante! Em seu filho Jesus Deus mesmo se fez pobre por amor a nós, para tornar perceptível a todos a salvação. Oração: Senhor Jesus, o teu amor nos constrange. Obrigado!
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21 de setembro
NOVO NASCIMENTOLeitura: Mateus 6.13 e João 3.1-8“Ninguém pode ver o Reino de Deus, se não nascer de novo.” (v. 3) É possível fazer parte deste Reino de Deus? A pergunta de Nicodemos inquieta, porque é crucial. Ela não pode esperar para amanhã – precisa de resposta ainda hoje! Por isto Nicodemos sai no meio da noite em busca de Jesus. Jesus não o deixa na mão: “Ninguém pode ver o Reino de Deus, se não nascer de novo”. Portanto a condição essencial para entrar no Reino é nascer de novo! Isso é indispensável!Mas Nicodemos continua a duvidar: não se pode entrar pela segunda vez no ventre de sua mãe e renascer! Dois mil anos mais tarde a pergunta deste doutor da lei pode nos fazer sorrir. Temos direito para tanto? Nós não somos parecidos com Nicodemos quando se trata das coisas espirituais? Não ficamos desconfiados, quando as coisas de Deus ultrapassam a nossa compreensão? Que bom que Deus não perde a paciência com nosso entendimento limitado e nos surpreende sempre de novo com sua paciência e amor! A questão do novo nascimento é importantíssima. Ela concerne a nossa vida hoje e na eternidade. Nascer de novo é receber uma vida nova de Deus mesmo; é receber da mesma natureza e da mesma essência de Deus. Nós não temos essa vida naturalmente, pois Jesus diz que quem nasce da carne é carne. Somente podemos recebê-la de presente. E é justamente por isso que Deus manifestou o seu amor, dando-nos o seu único Filho para nos salvar (Jo 3.16). Jesus mesmo abriu a porta para entrarmos no Reino de Deus com seu sacrifício na cruz. Quem aceita o convite de entrar por ela nasce de novo. Oração: Senhor Jesus, pedimos perdão pelos nossos pecados e entregamos a nossa vida aos teus cuidados.

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22 de setembro
O REINO DA JUSTIÇA DE DEUSLeitura: Mateus 6.13 e João 8.1-11“Se a justiça de vocês não for muito superior à dos fariseus e mestres da lei, de modo nenhum entrareis no Reino dos céus.” (Mt 5.20)Como discípulos de Jesus poderiam ultrapassar a justiça dos escribas e fariseus, que eram famosos pelo seu conhecimento e obediência à lei de Deus? Eles não se empenhavam para agradar a Deus e ser reconhecidos nisto pelos homens? O que seria muito superior à sua justiça?Na história da mulher adúltera são confrontados dois conceitos de justiça. Os fariseus e os mestres da lei tentaram confrontar a postura de misericórdia e amor de Jesus com a Lei. Esperavam que ele contrariasse a Lei para poderem acusá-lo. No seu conceito de justiça, eles próprios eram os juízes. Jesus realmente concorda com eles em aplicar o que a lei estabelecida. Mas há algo maravilhoso em Deus e que nós devemos aprender desde pequenos: em sua soberania Deus é quem julga, não o homem. Ao dizer “Se algum de vocês estiver sem pecado, seja o primeiro a atirar pedra nela” Jesus mudou o curso dos acontecimentos. Levou todos a refletir e concluir que se encontram na mesma condição da adúltera: em pecado! Quando nossos pecados vêm à tona, a justiça na qual nós mesmos agimos como juízes perde sua força do ataque. Somos obrigados a refletir sobre nosso conceito de justiça. Com ele apenas poderemos condenar a nós mesmos, pois a medida que usarmos, também será usada para medir-nos (Mt 7.1).Louvado seja Deus que no seu Reino vale outra justiça! A mulher adúltera a experimentou, porque não se esquivou de Jesus! Sua justiça perdoa. Por isto Paulo conclui: “Portanto, não há condenação para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8.1). Oração: Senhor, faze nascer sobre nós o sol da tua justiça!
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23 de setembro
O REINO DO AMOR Leitura: Deuteronômio 6.5, Levíticos 19.18 e Lucas 10.25-37“Ame o seu próximo como a si mesmo.” (Lc 10.24)Além de ser caracterizado pela justiça que agracia o pecador com o perdão de Deus, o Reino de Deus também se caracteriza por capacitar para amar. Os herdeiros do Reino obedecem aos mandamentos de Deus, que se resumem em amar a Deus e amar ao próximo.Amor a Deus e amor ao próximo! É tão simples. Mas para aquele doutor da lei este último parece obscuro. Por isto ele quer uma resposta clara de quem seria o seu próximo. Em vez de uma resposta direta, Jesus lhe conta uma história que escandalizou quem a ouviu. Diversas pessoas viajavam de Jerusalém, a cidade do templo onde se prestava culto a Deus, para Jericó. O trajeto era uma descida de serra deserta. O primeiro viajante é assaltado. Os dois que vêm logo atrás são gente de igreja que dizem que amam a Deus. Mas eles se esquivam de ajudar. O último viajante é justamente o herético samaritano que, no templo, só podia ficar no pátio dos gentios. Precisamos redescobrir o que escandaliza nesta história.É evidente que o que choca na parábola é que alguém sem carimbo de crente ofereceu ajuda e os crentes não o fizeram. Por que não? Porque para eles, como para cada um de nós, o grande desafio da vida é deixar de ser o “centro do mundo”. É claro que nós conhecemos esta lição, mas ela é difícil de ser colocada em prática. O doutor da lei pretendia definir as suas obrigações. Mas a parábola do samaritano o leva para um lugar desconhecido. Não podemos saber quanto tempo, quanta disposição, quanto dinheiro vamos gastar. A compaixão transtorna os nossos planos e nos lança no imprevisto. Oração: Ajuda-nos, ó Deus, a ver aqueles que não têm “rosto” e nem “voz” e que sofrem por falta de amor!
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24 de setembro
O REINO FUTUROLeitura: Mateus 6.13 e 25.1-13
“Vigiem, porque vocês não sabem o dia nem a hora.” (v.13)No Evangelho de Mateus Jesus conta duas parábolas antes da sua morte: a das dez virgens e a dos talentos. As duas destacam a nossa preparação para a vinda do Senhor. As dez virgens saem ao encontro do noivo empolgadas, alegres e tranqüilas. Enquanto o aguardam, até cochilam e dormem. Todas esperam a chegada festiva do noivo. Há, porém, uma profunda diferença entre elas: as prudentes levaram óleo de reserva consigo e as insensatas, não. O âmago desta parábola não é o óleo, pois as insensatas puderam reabastecê-lo e voltar ao encontro com o noivo. O fato decisivo acontece quando elas batem na porta. O noivo não pergunta onde haviam estado; não as repreende por terem deixado faltar óleo, nem fala do atraso delas. Simplesmente diz: “A verdade é que não as conheço”. Este é o âmago da parábola!Certamente Jesus nos conhece a todos, mas não é desse tipo de “conhecimento” que ele se refere nesta parábola. Jesus está dizendo: “Você nunca me levou a sério. Você jamais me colocou em primeiro lugar em sua vida; o seu coração não está neste relacionamento...”Outra lição importante é que na hora em que o noivo chega as prudentes não podem compartilhar o óleo. O relacionamento com Jesus é pessoal e intransferível. Todos precisam prestar contas dele individualmente. Cada um só pode obter a graça na medida da sua própria preparação. Aqui somos lembrados que a intimidade com o Senhor é fruto da oração. Nós estamos meditando sobre a conclusão do Pai-Nosso, que expressa a certeza e a alegria que resultam da conversa filial com o Pai Celeste.Oração: Querido Pai, queremos ser conhecidos por ti!
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25 de setembro
A CAMINHO DO REINOLeitura: Mateus 6.13 e Salmo 25.1-14Bom e justo é o Senhor; por isto mostra o caminho aos pecadores. Conduz os humildes na justiça e lhes ensina o caminho. (Sl 25.8s)Este salmo é a expressão de alguns sentimentos que Davi experimentou na própria alma. Dentre eles, a sua consciência de pecado (os pecados e as transgressões da minha juventude), a sua confiança na misericórdia de Deus (volta-te para mim e tem misericórdia de mima, pois estou só e aflito) e o seu desejo de conhecer a graça e os caminhos do Senhor. Convencido da sua condição de pecador, Davi deseja ardentemente ouvir a voz da graça e da misericórdia de Deus. Como posso conhecer verdadeiramente a Deus? E como posso ser conhecido por ele? Somente o pecador consciente e arrependido de sua rebeldia pode conhecer os caminhos de Deus! Aos humildes Deus ensina o caminho. João Batista pregava: “Arrependei-vos, porque está próximo o Reino dos céus!”. Para ser presenteados com a entrada no Reino de Deus precisamos passar por uma mudança interna de pensamento no que diz respeito ao pecado, bem como uma mudança interna de caráter. Assim foi com Davi e assim deve ser conosco para que Deus governe verdadeiramente o nosso coração.E não há como não sublinhar neste salmo o “segredo” e a “aliança” de Deus (v. 14), que na verdade são a mesma coisa: o evangelho, ou a graça de Deus em Cristo Jesus. Que é oferecida para aqueles que o temem. Assim oremos junto com Davi:Oração: Mostra-me, Senhor, os teus caminhos, ensina-me as tuas veredas; guia-me com a tua verdade..., pois tu és Deus, meu Salvador, e a minha esperança está em ti o tempo todo.
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26 de setembro
VÁ PARA O SEU QUARTOLeitura: Mateus 6.5-8“Mas quando você orar, vá para o seu quarto ...” (v. 6)Logo que comecei a meditar nesta palavra minha primeira reação foi: “Pô, Deus! Não tinha algo mais ousado pra me pedir? Eu já passo a semana inteira em casa e Tu ainda me pedes pra entrar no quarto? Pensei que irias me pedir grandes coisas, pegar em serpentes, tomar bebidas mortais e não morrer, anunciar o evangelho a culturas exóticas... Mas que pedido é esse?!”Esse foi o meu primeiro confronto com o texto. Ele apenas me fez um pedido simples: vá para o seu quarto. Esse pedido me fez chegar à conclusão de que a vida cristã é simples. Jesus foi um homem simples. Ele sempre agiu pelos bastidores. Definitivamente, Ele não quer show! Vamos analisar a dinâmica de Deus. Jesus era Deus. Humilhou-se em figura humana e nasceu numa estrebaria, entre os animais. Vestiu roupas simples, comeu e cresceu. Aprendeu da cultura simples de um lugarejo da Galiléia, região menosprezada e sem importância. Esse Jesus dedicou-se, não a cultos e ricos, mas aos pobres, doentes, ladrões, enfim, a escória de seu tempo. Assim trouxe tão grandiosa salvação a toda a humanidade!Sabemos que Deus deu grandes experiências aos seus servos na Bíblia, e também as quer dar a nós hoje. Porém, precisamos enxergar essas experiências com outro olhar. Quem provar da simplicidade na relação com esse Jesus simples fará pedidos simples na grandiosa vida de oração. Jesus espera que valorizemos a simplicidade do nosso “cantinho”, ou seja, o nosso lugar de comunhão com Deus, acima de qualquer outra coisa ou atividade.Oração: Senhor, perdão se tenho amado mais a oração em público do que a verdadeira intimidade contigo.
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27 de setembro
SAIU PARA O MONTE A FIM DE ORARLeitura: Mateus 6.5-8 e Lucas 22.39-42“...vá para seu quarto, feche a porta e ore ...” (v. 6)Somos frutos de uma sociedade ativista, que supervaloriza as agendas lotadas e as muitas atividades. Como resultado disso a oração, que é uma atitude inerte, é fatalmente colocada em descrédito. Certa vez Caio Fábio contou uma experiência que ilustra brilhantemente o lugar no qual se encontra a oração. Todo dia pela manhã ele costumava dedicar duas horas para oração. Numa dessas manhãs, foi interrompido por um membro de sua igreja. “Pastor, o que o senhor está fazendo agora?”, ele indagou, e Caio respondeu: “Estou orando, como sempre faço neste horário”. Assim que ele terminou de falar seu visitante exclamou: “Já que o senhor não está fazendo nada, vamos visitar tal irmão, em tal lugar?”Parece grosseiro, mas é assim que alguns de nós consideramos o tempo de oração: um nada. Porém aquele que vive com a oração sabe que não vive numa ilusão. Entende que é participante do Reino de Deus e que sua oração pode alterar o curso dos eventos da humanidade. “Orar é desencadear poderes no interior do homem e no céu os quais se transformam em ação das mais eficazes. É se unir com o mais forte dos aliados, mudar as situações e dar um golpe de estado nas coisas imutáveis” (Caio Fábio).Para Jesus a oração era algo muito prático. Ele começou seu ministério com oração. Orou antes e depois de curar. Não escolheu seus discípulos sem antes orar, preparou-se para a cruz orando no jardim de Getsêmani e, por fim, e terminou seu ministério orando: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu Espírito” (Lc 23.46).Oração: Senhor, ajuda-nos a crer que de fato Tu nos ouve e que não estás indiferente à nossa oração.
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28 de setembro
FECHE A PORTALeitura: Mateus 6.5-8 e 2 Reis 4.32-35
“...vá para seu quarto, feche a porta ...” (v. 6)Para ilustrar a situação do homem atual na sua relação com Deus quero contar uma historinha. Em certa fazenda eram criadas emas para comercialização do couro. Lá duas emas estavam confinadas em um espaço protegido por grandes cercas de alta tensão. Chegando a madrugada, uma matilha de lobos se aproximou e começou a acuá-las ferozmente do lado de fora da cerca. As emas ficaram muito assustadas e corriam de um lado para o outro. No clarear do dia os tratadores foram levar a ração matutina e encontraram as duas mortas. Chamaram os veterinários da fazenda para averiguar a razão da morte. Como a cerca estava intacta e não encontraram sequer um arranhão nos dois animais, constatou-se, após minuciosa investigação, que as duas aves tinham morrido de estresse.Apesar das enormes cercas de proteção as emas não se sentiram seguras; por isso correram desesperadamente a noite toda, pensando assim que se livrariam do ataque dos lobos. Às vezes parece que vivemos tão preocupados com os “lobos” das necessidades diárias! Deixamo-nos acuar peloreconhecimento profissional, pelo desempenho na faculdade, pelo futuro... Não enxergamos o presente, nem damos ouvidos ao Deus protetor que acampa seus anjos ao nosso derredor! Perdemos, assim, grandes momentos de silêncio na presença de Deus. O “quarto fechado” representa o retiro da nossa correria diária para a relação silenciosa com Cristo. Para que essa relação seja profunda é necessário aquietar – não somente a boca, mas a mente e o coração – de todo ruído.Oração: Senhor, queremos nos desembaraçar de todos os ruídos que nos impedem de ouvir e ver quem Tu és.
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29 de setembro
SEU PAI VÊ EM SECRETOLeitura: Mateus 6.5-8 e 1 Reis 17.19-22“...feche a porta e ore ao seu Pai que está em secreto.” (v. 6)A fé cristã é uma fé particular e pessoal. Ela conduz o ser humano a uma reflexão individual, a um questionamento sobre si próprio. Solitude é uma expressão que calha muito bem com este tema e também com o convite que Jesus nos faz através desta palavra sua. Solitude não é o mesmo que solidão. Solidão é estar ou sentir-se sozinho, aquém de qualquer proximidade com o outro, é estar desamparado, solitário. Solitude é uma postura de reflexão, de retiro, auto-questionamento que conta sempre com a revelação e o cuidado de Deus.Muitas vezes enxergamos esse retiro para o quarto como algo tão monótono que associamos esse lugar de solitude a uma cela (prisão). Para esses momentos vale a pena lembrar algumas frases de Tomás de Kempis (1379–1471). Ele escreve em seu livro sobre discipulado: “Na cela encontrarás o que fora dela muitas vezes perdes”; “Aprende a deixar as coisas exteriores e aplica-te às interiores. Então verás o Reino de Deus vir a ti”. Algumas características daquele que busca a Deus sozinho em seu quarto: ele reconhece que depende de Deus, que precisa de conselhos, que só Deus pode salvá-lo, que a paz e o consolo para sua alma vem desta conversa a sós com Jesus. Com quem eu passo a maior parte do tempo? Esta pergunta que me vem à mente quando leio este texto. Jesus, em diversas ocasiões, abandonou a turba que o seguia para estar a sós e com os discípulos. Vejo nesta atitude que a maior das vocações consiste no fato de Deus ter nos chamado para estarmos com Ele. Em Jesus encontramos a melhor companhia que podemos ter, seja qual for a hora e o lugar.Oração: Senhor, quero ter a ousadia e a coragem de me deixar sondar no tempo a sós contigo.
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30 de setembro
DEUS CONHECE VOCÊLeitura: Mateus 6.5-8“...vá para seu quarto, feche a porta e ore a seu Pai, que está em secreto.” (v. 6)Na segunda-feira mencionei que Jesus não quer show. Ele vive nos bastidores, porque esta é a característica do seu Pai Celeste. Ele é um Deus que está em secreto! Por que será que esse Deus não faz questão de identificar-se com uma imagem ou um nome? Será que Ele está sempre “brincando de esconde-esconde”? A Bíblia não nos apresenta um Deus anônimo, sem rosto, pois Jesus veio para revelá-lo a nós. E o que Jesus nos revela é isto: o Criador de céus e terra não precisa de palco nem de holofotes para aparecer! Não há ninguém que se iguale a Ele! Mas Ele oculta sua majestade para não nos inibir de falar com Ele. Por este motivo Jesus se tornou gente como nós. Assim Jesus nos ensina a postura na qual devemos orar: o Pai que está em secreto irá ouvir-nos. A comunhão do discípulo de Jesus com seu Senhor não pode ser em estar “na vitrine”. Bem pelo contrário, ela acontece no quarto, sozinho, quieto, sem esperar reconhecimento, na solitude. Quem for autêntico na sua relação com Deus sabe que ficar só na presença dele faz parte dessa experiência. A vida de oração não é para a própria glorificação! Antes, é intimidade, serviço e abnegação. Nossa oração deve ser motivada muito mais pelo amor a Jesus e ao próximo do que por pedidos pessoais e amor próprio. Deus quer que aquele que se aproxima dele confie que está falando com o Deus vivo, ainda que não possa enxergá-lo. É, pois, nessa solitude que somos reconhecidos e conhecidos por Deus como filhas e filhos seus.Ore pedindo a Deus amor pela comunhão com Ele em secreto, sem esperar qualquer reconhecimento.

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