Conceitos de Verbetes e termos teologicos traduzidos.

Teologia Contemporânea II

1 – AGNOSTICISMO = Doutrina que reputa inacessível ou incognoscível ao entendimento humano a compreensão dos problemas propostos pela metafísica ou religião.
A existência de Deus, o sentido da vida e do universo na medida em que ultrapassam o método empírico de comprovação científica.
2 –. ANALOGIA DA FÉ. Conceito fundamental para entender a teologia cristã, especialmente a teologia escolástica. Platão e Aristóteles classificam os conceitos em três categorias: unívocos, equívocos e análogos. Utilizar um conceito em forma de analogia quer dizer empregá-lo de modo semelhante, sem perda de sua significação original, em coisas ou seres distintos.
3 – ANTROPOLOGIA TEOLÓGICA. A Antropologia teve sua transformação em duas grandes transições: a do cosmo para Deus, quando o cristianismo suplantou a visão grega da realidade. A segunda é de Deus para o homem e ocorreu na época moderna em conseqüência da secularização e do ateísmo.
Antropologia Teológica é a doutrina do homem no que tange a Deus
4 – CALVINISMO. O conjunto das idéias e doutrinas de João Calvino (1509-1564), teólogo e reformador cristão, um dos grandes nomes da Reforma protestante.
Calvino e seus seguidores sustentavam a soberania absoluta de Deus, a justificação pela fé, e a predestinação.
5 – CONSELHO MUNDIAL DE IGREJAS. Agência cooperativa de igrejas e denominações, fundada em 1948. A partir da confissão do “Senhor Jesus como Deus e Salvador segundo as Escrituras”, os membros do conselho “ procuram cumprir juntos sua vocação comum de glorificar o único Deus, Pai, Filho e Espírito Santo”.
O CMI não é uma igreja, nem pretende ser uma espécie de "super igreja", mas existe para servir as igrejas como instrumento, possibilitando-lhes entrar em contato umas com as outras
6 – CORRELAÇÃO. Esta teologia assim estabeleceu um tipo de doutrina teológica que era o fim apologético e estabeleceu a correlação de fé com a existência humana.
Paul Tillich afirma que a doutrina só tem valor ou significado para o homem, se estiver relacionado com os problemas, as situações, e as crises de sua existência cultural, secular e cotidiana.
7 – DEÍSMO. Doutrina que considera a razão como a única via capaz de nos assegurar da existência de Deus, rejeitando, para tal fim, o ensinamento ou a prática de qualquer religião organizada.
O deísmo difundiu-se principalmente entre os filósofos enciclopedistas e foi o precursor do ateísmo moderno.
8 – DEMITIZAÇÃO. Método interpretativo que empreende uma eliminação dos aspectos mitológicos dos textos bíblicos, explicados doravante na perspectiva de uma religiosidade mesclada a indagações filosóficas; demitização [Desenvolveu-se esp. na teologia protestante a partir da obra de R. Bultmann (1884-1976)].
9 – DIALÉTICA. Método que investiga a natureza da verdade mediante a análise crítica de conceitos e hipóteses. Esse termo adquire relevância fundamental no pensamento de Platão, Aristóteles, Friedrich Hegel e Karl Marx.
10 – ETERNIDADE. Característica, atributo, qualidade do que não tem início ou fim, duração que não tem começo nem fim.
A eternidade prescinde de qualquer determinação cronológica, duração que tem começo, mas não tem fim (sobretudo no contexto religioso).
11 – EVANGELHO SOCIAL. O Evangelho Social apareceu no final do séc. XIX e dava bastante ênfase aos aspectos sociais do cristianismo. Esta corrente do protestantismo moderno teve como base o livro "Em Seus Passos o que Faria Jesus?" Esta corrente teve como sua maior expressão a figura de Walter Rauschenbush.
O Evangelho Social se caracterizou por uma dupla ênfase, as quais são: Uma função mais ampla da Igreja; e uma crítica crescente dos sistemas e ideologias da ordem vigente.
12 – EVANGELICALISMO. Movimento no cristianismo moderno que transcende as fronteiras denominacionais e confessionais, enfatizando a conformidade com as doutrinas básicas da fé e um alcance missionário de compaixão e urgência.
A palavra é derivada do substantivo grego euangelion, traduzido como boas-novas, notícias de alegria, sendo euangelizomai o verbo correspondente, que significa anunciar boas-novas ou proclamar como boas-novas.
13 – EXISTENCIALISMO. Conjunto de teorias formuladas no sXX, com forte influência do pensamento de Kierkegaard (1813-1855), que se caracterizam pela inclusão da realidade concreta do indivíduo, sua mundanidade, angústia, morte etc.
No centro da especulação filosófica, em polêmica com doutrinas racionalistas que dissolvem a subjetividade individual em sistemas conceituais abstratos e universalistas.
14 – FENOMENOLOGIA. Movimento filosófico do século XX. Seu iniciador, Edmund Husserl, definiu-o como o estudo das estruturas da consciência, capaz de capacitar esta consciência de conhecimento para se referir aos objetos situados fora de si mesmos.
Segundo a fenomenologia, a mente pode se dirigir ao não existente e a objetos reais. Husserl advertiu que a reflexão fenomenológica não pressupõe que algo exista materialmente.
15 – GNOSTICISMO. Movimento religioso, de caráter sincrético e esotérico, desenvolvido nos primeiros séculos de nossa era à margem do cristianismo institucionalizado, combinando misticismo e especulação filosófica.
16 – HISTORICISMO. Conjunto de doutrinas filosóficas que buscam fazer da história o grande princípio explicativo da conduta, dos valores e de todos os elementos (artes, filosofia, religião etc.) da cultura humana.
17 – HUMANISMO. Conjunto de doutrinas fundamentadas de maneira precípua nos interesses, potencialidades e faculdades do ser humano, sublinhando sua capacidade para a criação e transformação da realidade natural e social.
Em seu livre-arbítrio diante de pretensos poderes transcendentes, ou de condicionamentos naturais e históricos [No sXX foi esp. defendido pelo existencialismo sartriano e pelo marxismo ocidental, e rejeitado por Heiddeger e pelos estruturalistas.]
18 – IDEALISMO. No sentido ontológico, doutrina filosófica, cujo exemplo mais conhecido é o platonismo, segundo a qual a realidade apresenta uma natureza essencialmente espiritual, sendo a matéria uma manifestação ilusória, aparente, incompleta, ou mera imitação imperfeita de uma matriz original constituída de formas ideais inteligíveis e intangíveis.
19 – ILUMINISMO. Movimento intelectual do sXVIII, caracterizado pela centralidade da ciência e da racionalidade crítica no questionamento filosófico, o que implica recusa a todas as formas de dogmatismo, esp. o das doutrinas políticas e religiosas tradicionais; Filosofia das Luzes, Ilustração, Esclarecimento, Século das Luzes.
20 – JANSENISMO. Conjunto de princípios estabelecidos por Cornélio Jansênio (1585-1638), bispo de Ipres condenado como herege pela Igreja Católica, que enfatizam a predestinação, negam o livre-arbítrio e sustentam ser a natureza humana por si só incapaz do bem.
Movimento político que se originou do jansenismo teológico e, estimulado pela oposição dos religiosos da abadia de Port-Royal a Luís XIV, prolongou-se por todo o sXVIII. Austeridade extrema, rigor na aplicação de preceitos religiosos e morais; rigidez de costumes; austeridade.
21 – LIBERALISMO RELIGIOSO. Tendência a defender para o indivíduo ou para uma nova geração a liberdade de questionar e rejeitar doutrinas ortodoxas e dogmas, se considerados contrários à razão ou à moralidade, e de aplicar métodos comuns de interpretação histórica à Bíblia e a outros textos sagrados.
22 – LIBERALISMO POLITICO. Doutrina cujas origens remontam ao pensamento de Locke (1632-1704), baseada na defesa intransigente da liberdade individual, nos campos econômico, político, religioso e intelectual, contra ingerências excessivas e atitudes coercitivas do poder estatal.
23 – LIBERALISMO ÉTICO. Não admite nenhuma restrição imposta por algum sistema, como numa igreja, numa fé religiosa, o Estado, etc.
O homem como indivíduo, tem a liberdade de tomar suas próprias decisões éticas, sobre quaisquer bases e de acordo com qualquer sistema ou teoria. A liberdade ética pois, não implica, necessariamente, na liberdade de qualquer tipo de obrigação, mas somente na liberdade de certos tipos de restrição.
24 – METAFÍSICA. Linha temática inerente à escola peripatética, caracterizada pela especulação a respeito do ser, suas determinações necessárias e princípios universais, oferecendo desta maneira o fundamento teórico para que as ciências particulares investiguem os seres da realidade sensível; ontologia.
25 – MITO. Afirmação fantasiosa, inverídica, que é disseminada com fins de dominação, difamatórios, propagandísticos, como guerra psicológica ou ideológica.
26 – MONISMO. Concepção que remonta ao eleatismo grego, segundo a qual a realidade é constituída por um princípio único, um fundamento elementar, sendo os múltiplos seres redutíveis em última instância a essa unidade.
27 – MONISMO NEUTRO. Defendido por Bertrand Russel; o mesmo dizia que a realidade básica do mundo nem é a matéria física e nem é a idéia, mas antes, alguma coisa neutra, ainda indefinida, por meio da qual se expressam, de diferentes modos, os fenômenos materiais e mentais.
28 – MONISMO EPISTEMOLÓGICO. Assevera que o objeto conhecido e o processo de conhecer são uma só coisa dentro da relação-conhecimento, o que empresta imenso poder à percepção dos sentidos e suas capacidades.
29 – MONOTEÍSMO. Doutrina religiosa que defende a existência de uma única divindade, culto ou adoração de um único deus.
30 – MONOTEÍSMO ÉTICO. Que é a afirmação de um só Deus com base ética. Desde o princípio Javé foi considerado um Deus de propósito ético, que exige completa obediência. O Javinismo era uma religião de vida e conduta, segundo as leis que expressam a vontade de Deus. Essas leis, em que a vontade de Deus assumiu forma concreta, incluem sobretudo as normas de conduta apodicamente formuladas.
31 – MONOTEÍSMO MISTICO. Afirmação de um só Deus por razões místicas. Transcende todos os reino do ser e do sentido, e seus representantes divinos, em favor do fundamente e abismos divinos, dos quais ele provê e no qual desaparecem. Todos os conflitos entre os deuses, entre o divino e o demoníaco, entre os deuses e as coisas, são superadas naquele que é último e que transcende a todos eles.
32 – MONOTEÍSMO MONARQUICO. Afirmação de um só Deus com soberania absoluta. Está na linha divisória entre politeísmo e monoteísmo. O deus-monarca impera sobre os deuses inferiores e sobre os seres da natureza divina. Ele representa o poder e o valor da hierarquia. Seu fim seria o fim de todos aqueles sobre os quais ele impera. Os conflitos entre os deuses estão reduzidos por seu poder. Ele determina a ordem de valores. Foi isto que os estóicos, fizeram quando identificaram Zeus como ultima cidade ontológica.
33 – MONOTEÍSMO TRINITÁRIO. Afirmação de um só Deus em três pessoas distintas. Não é uma questão com o número três. É uma tentativa de falar do Deus vivo: o Deus em quem estão unidos o último e o concreto. O monoteísmo trinitário é o monoteísmo concreto: á afirmação do Deus vivo.
34 – NEO-ORTODOXIA. Corrente teológica protestante que, no sXX, defendeu o retorno aos temas centrais e às fontes ortodoxas do luteranismo e do calvinismo, em oposição ao liberalismo religioso.
35 – NEOPLATONISMO. Escola filosófica alexandrina surgida no sII e em expansão até o sV, que interpreta o platonismo de forma mística e espiritualista, supondo a transcendência de um Deus que, por emanação, cria a realidade profana, e a possibilidade de que o ser humano, em um movimento de interiorização contemplativa e retorno às suas origens, restabeleça a união com a divindade [Seu principal representante é o filósofo egípcio Plotino (205-270).]
36 – NEOTOMISMO. Movimento de retorno à filosofia tomista da Idade Média, resgatada à luz de tendências intelectuais modernas e retomada esp. a partir de 1879, por influência de uma encíclica do papa Leão XIII; neo-escolástica, neo-escolasticismo [O principal representante deste movimento na contemporaneidade é o filósofo francês Jacques Maritain (1882-1973).]
37 – NIHILISMO. No nietzschianismo, negação, declínio ou recusa, em curso na história humana e esp. na modernidade ocidental, de crenças e convicções - com seus respectivos valores morais, estéticos ou políticos - que ofereçam um sentido consistente e positivo para a experiência imediata da vida.
38 – NIHILISMO ETÍCO. Doutrina filosófica que nega a existência do absoluto. Eqüivale, em termos religiosos, à descrença radical. Em ética, designa a corrente segundo a qual não há hierarquia de valores nem qualquer verdade de ordem moral. O termo deriva do advérbio latino nihil que significa nada. Esse vocábulo tem sido largamente usado em vários campos e com vários sentidos.
39 – O NIHILISMO POLÍTICO. Afirma que não existem valores genuínos; a moralidade e os valores seriam artificiais, servindo a pessoas e a classes, mas nada tendo a ver com a verdade.
40 – NIHILISMO TEOLÓGICO. Pode ser visto nos escritos de Nietzsche, que declarou que "Deus está morto". Esse tema, desafortunadamente, foi aceito por alguns teólogos posteriores. Sartre e aqueles que promoviam o que veio a ser chamado de Teologia Radical, como Thomas Altizer, ou como William Hamilton, também empregaram esse tema em suas discussões. Esse termo pode tornar-se absolutamente ateísta: Deus não existe. Ou, então pode indicar que nossos conceitos de Deus são obsoletos.
41 – NUMINOSO. Influenciado, inspirado pelas qualidades transcendentais da divindade.
42 – ONTOLOGIA. Segundo o aristotelismo, parte da filosofia que tem por objeto o estudo das propriedades mais gerais do ser, apartada da infinidade de determinações que, ao qualificá-lo particularmente, ocultam sua natureza plena e integral; metafísica ontológica.
43 – ORTODOXIA. Caráter ou condição de ortodoxo, conformidade absoluta com um certo padrão, norma ou dogma.
44 – PANNENBERG. Teólogo evangélico alemão, nascido em Stettin, professor de teologia sistemática em Heidelberg (1955), Wuppertal (1958) e Mainz (desde 1961). A doutrina teológica de Pannenberg considera que a realidade histórica tem prioridade sobre a fé e o raciocínio humanos. Wolfhart Pannenberg, pode ser chamado o teólogo da história. Porque para ele a história é o princípio de averiguar o futuro com a revelação da Palavra. Para Pannenberg, toda história é a revelação de Deus.
45 – PANTEISMO. Doutrina filosófica caracterizada por uma extrema aproximação ou identificação total entre Deus e o universo, concebidos como realidades diretamente conexas ou como uma única realidade integrada, em antagonismo ao tradicional postulado teológico segundo o qual a divindade transcende absolutamente a realidade material e a condição humana.
46 – PIETÍSMO. Movimento de renovação da fé cristã que surgiu na Igreja luterana alemã em fins do sXVII, defendendo a primazia do sentimento e do misticismo na experiência religiosa, em detrimento da teologia racionalista.
47 – PRINCÍPIO HERMENÊUTICA. A palavra Hermenêutica é derivada do termo grego hermeneutike que, por sua vez, se deriva do verbo Hermeneuo. Platão foi o primeiro a empregar Hermeneutike (subentendendo-se a palavra techne) Hermenêutica é, propriamente, a arte de Hermeneuein (interpretar), mas, no caso designa a teoria dessa arte. Podemos defini-la assim: Hermenêutica é a ciência que nos ensina os princípios, as leis e os métodos de interpretação. A Hermenêutica "Geral" se aplica a determinados tipos de produção literária, tais como, leis, história, profecia, poesia. A Hermenêutica "Sacra" tem caráter muito especial, porque trata de um livro peculiar no campo da literatura – a Bíblia como inspirada palavra de Deus.
Diz-se, também, que a palavra hermenêutica deve sua origem de Hermes. Hermes transmitia as mensagens dos deuses aos mortais, quer isto dizer que, não só as anunciava textualmente, mas agia também como intérprete, tornando as palavras inteligíveis e significativas, o que pode chegar a uma clarificação, num aspecto ou noutro, ou a um comentário adicional. Consequentemente a hermenêutica tem duas tarefas: Uma determinar o conteúdo do significado exato de uma palavra, frases, texto, etc.; outra descobrir as instruções contidas em formas simbólicas
48 – REALISMO. Sistema político cujo chefe é o rei, afeição ideológica ou doutrinária à realeza, à monarquia; monarquismo.
49 – REALISMO GNOSEOLÓGICO. É o que admite a possibilidade do conhecimento das causas, mas na sua substância verdadeira, naquilo que elas tem de invaríavelem face da multiplicidade do vir a ser. O Realismo Gnoseologico dos Milésios eles admitiam a existência real de uma substância das causas, de que estas se constituíam, não pondo em dúvida a possibilidade do seu conhecimento.
50 – REALISMO METAFÍSICO. Advoga a existência da realidade metafísica em si mesma, de uma entidade (digamos assim) metafísica, de onde tudo programa. ULTRA-REALISTAS: (século XII) expandiu a teoria de Agostinho que tinha modificado o realismo de Platão ao sustentar que as proposições universais existiam na mente criativa de Deus antes do universo material. Explicando que a realidade dos indivíduos derivava do universal, e a humanidade como um universo procedia o homem como indivíduo. Explicando, assim, a universalidade do pecado na raça humana e a unicidade da trindade.
51 – ULTRA-REALISTAS REFORMA. Expandiu a teoria de Agostinho que tinha modificado o realismo de Platão ao sustentar que as proposições universais existiam na mente criativa de Deus antes do universo material. Explicando que a realidade dos indivíduos derivava do universal, e a humanidade como um universo procedia o homem como indivíduo. Explicando, assim, a universalidade do pecado na raça humana e a unicidade da trindade
52 – RENASCIMENTO. Ato ou efeito de renascer; renascença, nova vida, nova existência, qualquer movimento caracterizado pela idéia de renovação, de restauração.
53 – REFORMA PROTESTANTE. Movimento religiosos do começo do século XVI, que rompeu com a igreja católica, originando numerosas igrejas cristãs espalhadas pelo mundo. Iniciou-se com a pregação de Martinho Lutero em 1517, contra os abusos das indulgências emitidas para a construção da nova igreja de S. Pedro.
54 – REVISIONISMO: Espiritual. 1º Revisionismo crença que a verdadeira pessoa é uma alma sobrevive a morte biológica, a qual, no estado espiritual, precisa enfrentar uma revisão da vida na carne, sendo julgada de conformidade com ela. Revisão da vida anterior à morte; Prestação de contas dos seus atos;
Julgado de acordo com suas obras/atos; Avaliação da qualidade da vida.
O movimento revisionista foi um movimento teológico moderno que tinha como objetivo a busca do Cristo histórico. Por isso pretendiam fazer uma biografia corrigida de Jesus. Eles pretendiam fazer uma revisão dos relatos bíblicos, sobre a vida de Cristo.
55 – SECULARISMO. Regime laico, secular, exclusão, rejeição ou indiferença à religião e a ponderações teológicas.
56 – SECULARIZAÇÃO. Ação ou efeito de secularizar-se, transformação ou passagem de coisas, fatos, pessoas, crenças e instituições, que estavam sob o domínio religioso, para o regime leigo.
57 – SOLIPSISMO. Doutrina segundo a qual só existem, efetivamente, o eu e suas sensações, sendo os outros entes (seres humanos e objetos), como partícipes da única mente pensante, meras impressões sem existência própria [Embora freq. considerado uma possibilidade intelectual (caso limite da filosofia idealista), jamais foi endossado integralmente por algum pensador.]
58 – SOCIANISMO. Movimento derivado do pensamento de Fausto Socinus, que defende a ética moral, negou a divindade de Cristo, a predestinação e o pecado original. Considerava a expiação de Cristo um exemplo e não a reparação paga ao pai
59 – TEODICÉIA. No leibnizianismo, conjunto de argumentos que, em face da presença do mal no mundo, procuram defender e justificar a crença na onipotência e suprema bondade do Deus criador, contra aqueles que, em vista de tal dificuldade, duvidam de sua existência ou perfeição.
60 – TEOLOGIA DA CRUZ. a contribuição mais profunda de martinho Lutero ao pensamento teológico. Cinco meses depois de ter pregado as 95 teses na porta da igreja do castelo de Wittenberg, Lutero formulou a theologia crucis. Essa teologia da cruz contrasta com a teologia da glória e é mais bem entendida em harmonia com o Deus oculto e o Deus revelado. Enciclopédia Histórico-Teológica da Igreja Cristã – Editor Walter A. Elwell”.
61 – TEOLOGIA DA ESPERANÇA. em fins da década de 1960, surgiu uma nova abordaem da teologia. Seus primeiros líderes foram alemães, que procuravam praticar a teologia e compreender a missão da igreja através de uma mudança da perspectiva interpretativa. Esta nova abordagem é uma teologia cnetralizada na ressurreição, tendo a consciência de que a ressureição de Cristo é o início e a promessa dquilo que ainda há de vir. Enciclopédia Histórico-Teológica da Igreja Cristã – Editor Walter A. Elwell”.
62 – TEOLOGIA DA EVOLUÇÃO. Pierre Chardin iniciou sua atividade científica no início do século XIX, quando o mundo da ciência era decididamente adverso ao mundo da fé e da religião.
Segundo Chardin é preciso fazer ver aos cientistas que não há nenhuma imcompatibilidade entre a religião cristã moderna e a ciência moderna, mas sim uma maravilhosa correspondência, porque o cristianismo vem de encontro às mais intimas exigências da ciência. Lé phenomène humain foi a obra em que Chardin procurou realizar tal programa. A obra termina com a seguinte afirmação do valor superior do cristianismo: "De qualquer forma, a Evolução infunde sangue novo às perspectivas e aspirações cristãs. Mas a fé cristã, por seu turno, não é destinada e não se apresta a salvar até mesmo a mudar a evolução?... No presente momento, o cristianismo representa a única corrente de pensamento suficientemente audaz e progressiva para abraçar prática e eficazmente o mundo, em um abraço completo e indefinidamente perfectível, no qual a fé e a esperança se consumam na caridade. Somente ele – absolutamente só ele sobre a Terra moderna – se mostra capaz de sintetizar em um só ato vital o todo e a pessoa. Somente o cristianismo pode-se inclinar, não apenas servir, mas também a amar o formidável movimento que nos arrasta. Isso não significa outra coisa senão que ele satisfaz a todas as condições que nós temos o direito de exigir de uma religião do futuro e que, portanto, é através dele que passa enfim, verdadeiramente, o eixo principal de evolução.
63 – TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO. Não se trata de um novo tema de teologia, a lado de tantos outros. Trata-se de um novo estilo de fazer teologia e de articular a positividade cristã. A teologia da libertação supõe uma leitura socionalística da realidade que detecte as causas geradoras de dependência e da dominação. “As religiões ontem e hoje – Dr. Hugo Schelesinger e Pe. Humberto Porto. Ed. Paulinas”. – Trata-se mais de um movimento que procura unir a teologia e as procupações sócio-políticas do que de uma nova escola de teoria política. É mais exato falar das toelogias da libertação no plural, porque essas teologias de libertação acham expressão contemporânea entre negros, feministas, asiáticos, latino-americanos e índios das Américas. A expressão mais relevante e articulada latino-americano, servindo como modelos para outras teologias de libertação. Enciclopédia Histórico-Teológica da Igreja Cristã – Editor Walter A. Elwell”.
64 – TEOLOGIA DA PROSPERIDADE. Algumas obras norte-americanas, escritas contra a teologia da prosperidade, tratam-na como se fosse uma heresia ou uma seita. A posição, é, ela não é uma seita. Uma seita é composta por um grupo bem definido de pessoas, assim como os Testemunhas de Jeová ou os Mórmos, que se chamam cristãos, mas negam doutrinas básicas da Bíblia, tais como a trindade e a divindade de Cristo. Na teologia da prosperidade, seus adeptos não negam nenhuma doutrina básica nem buscam outro fundamento que não seja Cristo e os apóstolos. Antes, trata-se de uma forma de compreender a Bíblia.
A Teologia da Prosperidade é algo novo na história da igreja. Parece que nada assim já foi visto antes. Mas isso não quer dizer que ele tenha surgido de modo repentino ou aparecido totalmente formado. Como todo movimento, desenvolveu-se com o tempo, e isso significa que tem raízes ligadas a pessoas, épocas e lugares diversos.
65 – TEOLOGIA DAS RELIGIÕES. É a globalização das religiões com o intuito da integração dos seus conteúdos comuns. Podíamos nos referir a "teologias" mas daria um sentido de independência. Quando no referimos à "teologia das religiões" queremos destacar um conjunto, um todo, ou seja, um ponto em comum. Dentre estes conteúdos comuns podemos citar a revelação do logos, bem como a interação de Cristo com os diversos credos; também destacam-se os conteúdos de caráter ético e moral, família e mandamentos de Deus.
De forma superficial parece que as religiões são muito diferentes umas das outras. Porém, se removermos as distinções da língua, condições de clima, costumes (ética) e muitos outros fatores, é surpreendente notar a similaridade entre todas. Nas religiões Crê-se em uma vida pós-morte, numa alma humana imortal, no tormento eterno para os maus e uma recompensa celestial para os bons, um Deus trino ou uma divindade superior, um redentor, um livro sagrado, etc.
No hinduísmo muitos se referem a sua fé como sanatana darma, quer dizer, lei ou ordem eternas. No que diz respeito à moral ou quebra de valores encontramos o seguinte texto: "Quando as leis da família são destruídas, Janardana, então o que certamente para os homens resulta é morar no inferno".
No siquismo um dos grandes mandamentos do guru Nanaque era: "Lembre-se sempre de Deus, repita Seu nome".
No budismo acredita-se em um inferno onde estão os ímpios, um lugar de fogo atormentado por demônios horrendos.
No islamismo o árabe é a língua obrigatória para se ler o Qur’na (Alcorão), o livro sagrado dos muçulmanos. Eles acreditam que o árabe é a língua usada por Deus falar por meio de Gabriel, melhor dizendo "o árabe é a forma mais pura de revelação".
4. Enfim, são inúmeros os exemplos no que se refere ao estudo dos conteúdos comuns entre as religiões. Mas, surge um grande problema no que diz respeito à estruturação do diálogo do cristianismo para com as demais religiões; o Cristo deve relacionar-se neste diálogo só como a palavra " " sem reivindicar a autoridade do " ".
66 – TEOLOGIA DE PROCESSO. Movimento contemporâneo de teólogos que ensinam que Deus é dipolar, ou que tem duas naturezas, e que ele está integralmente envolvido no processo interminável do mundo. Deus tem uma natureza primordial ou trancedente, sua perfeição intemporal de caráter tem uma natureza consequente ou imanente mediante a qual faz parte do próprio processo cósmico. Esse processo se desencadeia por épocas, não segundo o movimento dos átomos nem das substâncias imutáveis, mas pelos eventos ou unidades de experiência criadora que influenciaram uns aos outros na sequencia temporal. Enciclopédia Histórico-Teológica da Igreja Cristã – Editor Walter A. Elwell”.
67 – TEOLOGIA ENVANGÉLICA. Teologia que afirma as doutrinas tradicionais do cristianismo ortodoxo com uma ênfase na necessidade da regeneração pessoal do individuo.
68 – TEOSOFIA. Conjunto de doutrinas religiosas de caráter sincrético, místico e iniciático, acrescidas eventualmente de reflexões filosóficas, que buscam o conhecimento da divindade e, assim, a elevação espiritual; teosofismo [Dentre estas várias doutrinas, destacam-se as de Paracelso (c1493-1541), Jakob Boehme (1575-1624) e Emanuel Swedenborg (1688-1772).]
69 – TOMISMO. Conjunto das doutrinas teológicas e filosóficas do pensador italiano santo Tomás de Aquino (1225-1274), consideradas o ponto culminante do pensamento escolástico, e nas quais se destaca a busca de uma harmonia entre o racionalismo aristotélico e a tradição revelada do cristianismo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Paz do Senhor. Parabéns pelo post Pastor Zico, edificante demais, muito obrigado.

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