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“Escolhei, hoje, a quem sirvais... Porém, eu
e a minha casa serviremos ao SENHOR." - Josué 24:15
Estamos
sempre entregando nossa família a alguém. Nossa atitude ou falta de atitude
determina se os nossos estarão nas mãos de Deus ou nas mãos do
mundo.
Você pode estranhar a possibilidade de
que um crente entregue sua casa ao mundo, mas isso acontece toda hora. Há um
episódio na Bíblia que pode ilustrar bem isso. Ló estava sendo visitado por
anjos de Deus em sua casa, na cidade de Sodoma. Esses seres celestiais vieram na
forma de homens, materializados. Quando os depravados habitantes daquele lugar
souberam disso, bateram à casa de Ló em bando e exigiram que ele colocasse os
seus visitantes para fora, a fim de que mantivessem relações sexuais com eles,
pensando que se tratavam de homens.
É então que o crente Ló toma uma decisão
absurda. Sai à porta e propõe àqueles sodomitas o seguinte: “Rogo-vos, meus irmãos, que não façais mal;
tenho duas filhas, virgens, eu vo-las trarei; tratai-as como vos parecer, porém
nada façais a estes homens, porquanto se acham sob a proteção de meu
teto” (Gn 19:7-8). Ló troca suas filhas por
anjos, sem nenhum peso as oferece ao pecado, pensando estar tomando a decisão
mais certa do mundo. Aquelas duas moças seriam violentadas e marcadas para
sempre em suas almas pela atitude de um pai que chamava sodomitas de
“meus irmãos” e não tinha noção do valor que a família
tem na matemática de Deus.
Em
contraste com isto, Abraão, um contemporâneo e tio de Ló, aprendia um caminho
diferente. Ao invés de entregar seu filho Isaque ao pecado, pagou o preço para
criá-lo em santidade e chegou ao ponto radical de amarrá-lo ao altar e estender
o cutelo para sacrificá-lo, depois de ter sido requisitado nisto pelo
Senhor.
A
diferença entre estes dois crentes é a mentalidade e a visão. Ló vivia em torno
de si, enquanto Abraão vivia por um chamado. O primeiro tomava suas próprias
decisões; o segundo levantava altares e esperava ouvir o que Deus tinha a dizer.
Aliás, foi nessa postura de tomar decisões baseado na razão e nas possibilidades
naturais que Ló escolheu as campinas do Jordão e “foi armando as suas tendas até chegar a
Sodoma” (Gn 13:2), cidade tomada pelo pecado, ao
ponto de ser destruída por juízo divino, mas na qual ele e sua
família passaram a viver muito à vontade.
Aqui
está o primeiro risco que corremos. Quando escolhemos como centro da nossa vida
as coisas naturais e não o reino de Deus, vamos nos aproximando cada vez mais do
mundo. Há muitos crentes expondo suas vidas e famílias ao pecado porque não
querem parecer radicais. Como Ló, escolhem tratar todo mundo como
“meus irmãos”, não importa se estão diante de santos ou
depravados.
Todo
homem que decide não ser radical em sua fé, acaba sendo persuadido pelos
sofismas do pecado e tende a arrastar consigo sua casa. Na vida de Ló, fica
claro que esta era a postura, não apenas por ter decidido viver em Sodoma, como
pelo fato de que suas filhas estavam comprometidas com homens daquele lugar.
Seus futuros genros também eram sodomitas incrédulos e foram subvertidos no
juízo de Deus.
Que
diferença gritante em relação a Abraão. Esse, diz a Bíblia, “mudando as suas tendas, foi habitar nos
carvalhais de Manre, que estão junto a Hebrom; e levantou ali um altar ao
SENHOR” (Gn 13:18). Suas escolhas espirituais o
levavam sempre para mais perto de Deus, assim como a sua família. Quer um
exemplo? Isaque, o filho da promessa, não se casou com sodomitas ou cananéias.
Antes, seu pai buscou meticulosamente uma mulher que tivesse linhagem e que
pudesse ser herdeira de uma visão, tendo achado em Rebeca a pastora de que seu
filho precisava para seguir cumprindo o plano de Deus.
O outro
risco que corremos é deixar nossa família em segundo plano e assim, entregá-la
ao mundo. Podemos fazer isso, inclusive, priorizando a “obra de Deus”. Quantos pastores não têm perdido
seus filhos por cuidarem mais de ovelhas!!? Ló achava que anjos eram
mais importantes que filhos. Pode parecer espiritual, mas não é.
Quando prestarmos contas diante do Senhor, primeiro teremos que responder por
nossas casas. Paulo sentenciou: “Ora, se alguém não tem cuidado dos seus e
especialmente dos da própria casa, tem negado a fé e é pior do que o
descrente” (I Tm 5:8).
Temos
que tomar a decisão radical de Abraão: amarrar nossa família ao altar! Se não
fizermos assim, o mundo a amarrará e tirará dela o que tem de mais precioso,
talvez até mesmo a sua fé.
Pr.
Danilo Figueira
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Um comentário:
Bela Mensagem! Que Deus continue abençoando a sua vida!
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